Segundo
a revista New York, Time Claremont McKenna é a primeira instituição
considerada de alto padrão a admitir que falsificou índices, mas prática é
comum.
Ciente
da obsessão norte-americana pela classificação de faculdades em rankings, o
mundo acadêmico dos Estados Unidos ficou decepcionado com a notícia de que uma
faculdade de elite, a Claremont McKenna, falsificou seus índices em uma
aparente tentativa de tentar melhorar sua posição na lista das melhores do
país. Decepcionado, porém não completamente surpreso.Várias faculdades nos
últimos anos têm sido acusadas de tentar burlar o sistema – principalmente,
para aparecer em uma boa posição no U.S. News & World Report (Relatório
de Classificação Americano e Mundial, em tradução livre) – alterando os
significados das regras, apresentando apenas os dados positivos ou simplesmente
mentindo.
Em
um exemplo recente, o Iona College, em Nova Rochelle, ao norte da Cidade de
Nova York, admitiu no ano passado que seus funcionários haviam mentido durante
anos, não apenas sobre os resultados dos exames, mas também sobre o índice de
formandos, o número de calouros, as relações do número de alunos presentes em
cada aula e as doações feitas por ex-alunos. Outras instituições têm encontrado
maneiras de manipular os dados sem necessariamente ir contra as regras. Em
2008, a Universidade de Baylor ofereceu recompensas financeiras para que seus
alunos refizessem os exames de SAT (prova de admissão de estudantes), na
esperança de aumentar sua pontuação média. Os diretores de admissões dizem que
algumas faculdades não aceitam inscrições de alunos com baixa pontuação até
janeiro, excluindo-os das médias das salas que começam em setembro, enquanto
outras faculdades buscam mais inscrições para relatar uma menor percentagem de
estudantes não aceitos. A Claremont McKenna, de acordo com Robert Morse,
diretor de pesquisa de dados do Relatório Acadêmico, é "a escola de mais
alto padrão a ter reconhecido isso publicamente e admitido que deu declarações
incorretas". Este ano, o relatório colocou a instituição como em 9º lugar
entre as faculdades com o melhor programa de artes do país.
Segundo
ele, não há nenhuma razão para pensar que as classificações do relatório estão
repletas
de informações errôneas e a publicação se esforça muito para policiar os dados,
ajustar suas métricas e melhorar métodos que possam ser contornados. Mas as
contínuas tentativas de manipulação dos dados demonstram o poder e a
importância que as classificações têm nas mentes dos futuros alunos, dos
conselheiros escolares, dos pais, dos ex-alunos, dos doadores, dos professores
e, obviamente, das próprias faculdades.
A
Claremont McKenna, parte do aglomerado das Universidades Claremont dos
arredores de Los Angeles, reconheceu segunda-feira que um de seus funcionários
renunciou após admitir que havia alterado a pontuação média dos exames de SAT
desde 2005. Em um comunicado aos funcionários da faculdade e estudantes, a
presidente Pamela B. Gann escreveu: "Embora o grau de imprecisões tenha
variado ao decorrer do tempo, entendemos que a pontuação na parte de matemática
nos exames do SAT foram geralmente alteradas por uma média de 10 a 20 pontos
cada".
Sem comentários:
Enviar um comentário