FORMAÇÃO DE PROFESSOR

RESUMO: A formação do professor começa mesmo antes do início da carreira, já nos bancos escolares. E ela continua durante a carreira do docente.
Para o professor universitário é exigido que seja formado no nível de pós-graduação, especialmente nos programas de mestrado e doutorado. E não só, o docente deve ser formado especificamente nas disciplinas de Didáctica, Metodologia do Ensino, Psicologia da Aprendizagem e Prática de ensino.
Assim sendo, neste artigo viu-se assuntos como formação docente como um processo, a importância das ciências de educação na formação docente, o que se exige a um professor universitário e por fim concluiu-se.
Palavras-chaves: Formação e Professor.
1. Introdução
Para desenvolvimento de qualquer Estado é preciso quadros qualificados. Para que se tenha os mesmos, precisa-se de homens qualificados que consiga exercer com eficiência a docência. Assim sendo, esses docentes precisam de um treinamento nas ciências de educação, independentemente de sua formação no nível de mestrado e doutaramento.
Neste artigo apresentou-se uma abordagem sobre formação de professor. A formação de professor é um processo. Pois que, em todas pausas pedagógicas é preciso que haja seminários de actualização de métodos e princípios pedagógicos.
2. A formação docente deve ser um processo
Como processo contínuo, compreende-se que a formação docente não se encerra na sua preparação inicial. O professor, no exercício da docência precisará actualizar os seus princípios e métodos de orientar o processo de ensino\aprendizagem. Assim sendo, ele se actualizará através de seminários oferecidos pelo ministério da educação nas pausas pedagógicas e nas reuniões de planificação com colegas. Marcelo vai mais além, ao afirmar que a formação docente “começa mesmo antes do início da carreira, já nos bancos escolares” (Marcelo, 1999. 15p). Entende-se que enquanto formando, ao tomar contacto com os docentes, poderá entender como se orienta o processo do ensino\aprendizagem, e isso continuará durante o exercício da sua carreira docente.
3. A Importância das Ciências de Educação na formação do professor.
Em outras perspectivas, as tarefas dos docentes não se confinam somente no ensino e pesquisa. Elas englobam uma série de outras actividades que muitas vezes não são contempladas em sua formação. É preciso salientar que, as características necessárias aos docentes universitários vão além dos conhecimentos aprofundados da matéria e a aquisição de habilidades à pesquisa. O conhecimento profundo da matéria pelo docente, o torna seguro no seu ensino e maior propriedade e é capaz de satisfazer as dificuldades apresentados pelos alunos. No entanto, não basta. É necessário que o docente tenha também formação nas três ciências básicas de Educação: Didáctica, Psicologia e Pedagogia ou Andragogia para o ensino de adultos. Gil, na sua obra “Didática do Ensino Superior” afirmou:
“As habilidades pedagógicas do professor universitário não têm sido devidamente consideradas ao longo da história desse nível de ensino. Tanto dos professores do ensino fundamental quanto do ensino médio há muito tempo se exige formação específica, quer por meio do curso normal, hoje em nível superior, quer de licenciaturas específicas. Nesse curso mediante disciplinas como Didáctica, Metodologia do Ensino, Psicologia da Aprendizagem e Prática de ensino, os professores podem desenvolver as habilidades necessárias para o desempenho de suas atribuições de professor” (Gil. 2008, 15p.).
De facto, são poucas formações do nível do mestrado oferecer cadeiras como as que foram mencionadas acima. Para eles é suficiente a formação da pessoa neste nível. No entanto, tem havido maior dificuldades, de pessoas destes níveis, orientar o processo do ensino e a aprendizagem nas universidades.
Não se está a ignorar a formação destes nas suas áreas. É importante essa formação, como já foi frisado, no entanto, para aqueles que vão também ser professores, precisam ter uma formação nas ciências básicas de educação acima referidas.
Outro problema de professores universitários consiste no facto deles serem funcionários de outras empresas e colaborar na universidade por ser necessário para ensinar uma cadeira do curso. Ele tem pouco tempo de investigar e actualizar a sua formação pedagógica e ou andragógica. Pode haver seminários de capacitação, ele não participará por não ter tempo. Para fazer o quê? Ele é procurado! Tem que ser mantido ai.
Neste parágrafo gostaria definir o objecto de estudo de cada ciência, considerada básica na formação docente.
Segundo Candau “a Didáctica ocupa um lugar de destaque na formação de um professor. Porque ela tem o processo de ensino e aprendizagem como objecto de estudo”, (Candau. 2001, 14p). Portanto, toda proposta didáctica está impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção do processo do ensino aprendizagem. Assim sendo, para se formar um bom professor, não basta ter um domínio profundo dos conteúdos a serem ensinados, no entanto, é preciso que o docente esteja capacitado em princípios e técnicas que lhe ajude a orientar, de uma maneira eficiente, o processo do ensino e aprendizagem. Assim sendo, a Didáctica constitui uma ferramenta valiosa nas mãos do docente, pois, o capacita com esses princípios e técnicas.
Sendo a Psicologia, Ciência que estuda o carácter, o temperamento, a vontade e a inteligência, nas suas causas, meios, natureza e manifestações, capacita o professor a conhecer o discente. Não há melhor ensino, como aquele feito à uma pessoa conhecida nas suas dimensões: física, intelectual e emocional.
A Pedagogia é a arte de educar e instruir. Como o docente é considerado também educador e instrutor, a Pedagogia deve fazer parte da sua formação, pois, o capacita na educação e instrução dos discentes.
Portanto, é preciso que a Didáctica, a Psicologia e Pedagogia façam parte da formação de docente. A primeira, como tem objecto de estudo o processo do ensino\aprendizagem, concede-lhe princípio e técnicas de como orientar esse processo. A Psicologia que ajuda conhecer a pessoa humana tridimencionalmente: fisicamente, intelectualmente e emocionalmente. E por fim, a Pedagogia capacita-o na instrução e educação do homem.
4. O que se exige ao professor universitário?
Ao docente universitário, exige-se que seja formado no nível de pós-graduação e que tenha uma formação didáctico-pedagógica. Segundo Gil: “Dos professores universitários hoje, de acordo com a Lei de directrizes e bases, a formação em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. Ocorre, porém, que a maioria desses programas não contempla seus concluintes com disciplinas de carácter didáctico-pedagógico”, (Gil.2008, 15p.).
Gil, na sua afirmação, mostra duas coisas importantes num professor universitário e tem que ter em conta na sua formação. Em primeiro lugar, a formação no nível de pós-graduação sobretudo nos programas de mestrado e doutorado. Em segundo lugar, deve ter uma formação específica nas ciências de Didáctica e Pedagogia ou Andragogia.
A formação no nível de pós-graduação lhe fornece domínio profundo na matéria. Enquanto que a formação Didáctico-Pedagógico lhe fornece princípios e técnicas na orientação do processo do ensino e aprendizagem.
Portanto, ao professor universitário é exigido a formação nos programas de mestrado e doutoramento e a formação didáctico-pedagógico. Sem isso, não teremos quadros bem formados para promover o desenvolvimento de um certo país.
5. Conclusão
Depois de uma exposição sobre a formação docente, concluiu-se que é importante que o docente universitário, independentemente da sua formação do nível de mestrado ou doutorado, tenha formação didáctico-pedagogica, para que exerça melhor a docência.
6. Referencias bibliográficas
GILDO, António Carlos. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Editora Atlas S.A. 2008, 283p.
CANDAU, Vera Maria. A Didática em Questão. 20ªed, São Paulo: Editora Vozes,2001, 128p.
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Por Domingos Lourenço Aguinaldo
(Mestrando em Direito Internacional pela PIU/Brasil




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