EM QUE MEDIDA OS PLANOS DE CURSO E DE AULA NO ENSINO SUPERIOR CONTRIBUEM PARA A QUALIDADE NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM?

A partida, parece importante a destrinça de “planejamento” de “plano”, pois, embora, ambas as palavras estejam interligadas, porém, as vezes fica a ideia de que não há diferença de uma da outra, mesmo em alguns autores que se debruçam sobre o assunto.

Fazendo alusão a autores como Heloísa Lück (2004), planejameto é um processo, uma dinâmica mental, é um processo de estruturação e organização da ação intencional alicerçadas na análise de informação, estabelecimento de estados e situações futuras, previsão de condições, escolha e determinação de uma linha de ação. Já um plano é um produto, um documento, um mapa de orientações especificadoras das decisões tomadas do curso a seguir.

Buscando Cobocy (1972), planejamento é todo um processo que se preocupa com para onde ir e quais as maneiras adequadas de chegar lá, tendo em vista a situação presente e as possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades do desenvolvimento a sociedade, quanto do individuo.

Entrando nas entranhas do ensino, com base em Claudino Piletti (2006), o plano (de curso ou de aula) é o procedimento detalhado que o professor leva em conta com o intuito a alcançar os objectivos preconizados.

Ora, é da responsabilidade do docente traçar objectivos instrutivos, o conhecimento a ser adquirido pelos alunos, o tipo de procedimento e recursos de ensino que estimulem a aprendizagem e a seleção dos procedimentos de avaliação que surgem para avaliar os resultados do ensino/aprendizagem, a qualidade do plano, a eficiência do professor e do próprio sistema escolar.

O desafio da profissão docente no ensino superior, como em outros subsistemas de ensino é cada vez maior no sentido da necessidade deste munir-se de várias competências como também, desenvolver e aprimorar habilidades que o permitam se posicionar na facilitação do aprendizado e na pesquisa permanente.

A complexidade deste desafio exige do docente um planejamento ou replanejamento constante resultantes das situações hodiernas.

Os planos de curso e de aula se mostram valiosos na medida em que os seus geradores (docentes) reúnam competências para tal e definam o que pretendem para os seus alunos.

Ademais, um plano tanto de curso como de aula constitui um meio pelo qual se possa merecer qualidade do processo de ensino/aprendizagem, na medida em que o docente evidencie as suas competências científicas, técnicas e pedagógicas.

Pensar na qualidade de ensino/aprendizagem sem planejamento e consequentemente sem um plano é utopia, porquanto, cair-se-á no improviso. E o ensino não pode ser ridicularizado. De contrário, não haver caminho certo a seguir.

Autor: Francisco Caloia

1 comentário:

  1. Calóia, vc. sempre muito bem preparado e fazendo indagações extremamente pertinentes e magníficas... Parabéns! Concordo contigo que a escola precisa esperimentar e pesquisar tudo o que tiver ao seu alcance, e o professor um mediador desses vislumbramentos. Um abraço!
    Alexandre Prates

    ResponderEliminar